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Recordar a Indústria de Lanifícios em Loriga
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos. Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta.
Em alguns registos de Loriga do século XVIII, vamos encontrar dados concretos da existência já nessa altura de um próspero negócio de lã, a matéria-prima para a Industria de Lanifícios.
Nessa época a lã era manufacturada sem nenhum auxílio mecânico e, por isso mesmo, durante muitos anos, foi usada a fabricação doméstica, com teares manuais a trabalhar em diversas casas, ou com as escarameadeiras (mulheres que farripavam a lã depois de lavada tirando os ciscos e outras aderências) nas casas dos próprios fabricantes.
A partir dos meados do século XIX, começam então a construir-se as primeiras Fábricas que, juntamente com a referenciada fabricação doméstica com teares a trabalharem em diversas casas, ultrapassam seguramente dois séculos de grande laboração e de enorme movimentação industrial.
As primeiras Fábricas a serem construídas em Loriga, foram por iniciativa de Manuel Mendes Freire e José Marques Guimarães, que na altura, eram já uns conceituados negociantes em Lã.
Em 1872 o Jornal "O Conimbricense" publicado em Coimbra, escreveu sobre as Fábricas de Lanifícios em Loriga, onde publicava que havia nesta Vila quatro fábricas, três a funcionar e outra começada, que se deviam unicamente aos esforços particulares e muitos outros, que não sendo de Loriga, ficaram para sempre ligados à Industria de Lanifícios desta localidade.
Apesar das deficientes vias de comunicação que se resumiam à velhinha estrada romana com 2000 anos, que obrigava ao transporte das matérias-primas no dorso dos animais de carga, Loriga, era em 1881, a localidade mais industrializada na aba ocidental da Serra da Estrela, com várias unidades de produção têxtil, empregando mais de 200 operários.
Podemos afirmar com total certeza, de que, os empreendedores dos Lanifícios, aproveitaram a água como força motriz para as suas fábricas, promovendo também, a transformação da paisagem, no sentido de criar condições de sobrevivência, para um acréscimo de população induzida pela industrialização.
Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luís Mendes, Lamas, Nunes & Brito, Sociedade Têxtil Moura Cabral SA, entre outras, são fábricas que fazem parte da história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, um dos mais destacados Industriais Loriguenses.
MAGNIFICO DOCUMENTARIO BEM HAJA PESSOAS COMO VOCE DIVULGANDO SEMPRE A TERRA CONTINUE SEMPRE E PESSOAS COMO VOCE LEVAM BEM LONGE O NOME DE LORIGA ABRAÇO
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