Tradições
O dia de Todos-os-Santos representa uma combinação curiosa das crenças cristãs e pagãs.
Antigamente, os mais carenciados pediam neste dia a “todos os santinhos” por alimento e abrigo. As famílias usualmente disponham nas suas mesas o que tinham em casa para receber os pedintes e dar-lhes de comer e beber.
Em algumas regiões, os padrinhos oferecem ainda aos seus afilhados o bolo Santoro.
No dia de Todos-os-Santos reservava-se espaço para o arranjo das campas dos entes queridos desaparecidos. No dia a seguir honra-se a sua memória.
O dia de Finados, a 2 de Novembro, os cemitérios estão enfeitados com flores, simbolo da recordação de todos os entes queridos, que se encontra na última morada terrena.
Crenças e Lendas
O dia 31 de Outubro, véspera do dia de Todos-os-Santos, existe a crença deque as almas dos mortos descem à terra nos locais de nascimento. O festejo pagão sofreu mudanças ao longo dos tempos. Em Portugal, à semelhança de muitos países europeus, adoptou-se os festejo do dia das bruxas ou o Halloween.
Do dia de Todos-os-Santos ao S. Martinho realizam-se um pouco por todo o País os tradicionais magustos, como motivo de convívio ao ar livre antes da chegada do Inverno.
Curiosidades
O grande Terramoto de 1755 em Lisboa ocorreu na manhã fria do dia 1 de Novembro.
A terra tremeu 3 vezes num total de 17 minutos. Como era “dia da guarda” (feriado religioso), muitos lisboetas levantaram-se bem cedo para assistir à missa. Havia velas acesas nas casas e nos altares das igrejas. Muitas das vítimas do sismo ficaram soterradas nas igrejas enquanto assistiam às missas. Só na igreja da Trindade estavam 400 pessoas. Se os abalos sísmicos tivessem começado mais tarde a tragédia seria ainda maior com a deslocação de centenas de pessoas para as missas das 11 horas.
No balanço das vítimas da tragédia não é unânime, fala-se que teriam morrido mais de 60 mil pessoas. Na altura, alguns sacerdotes atribuíram a tragedia à reacção de Deus ao absentismo das pessoas e que andavam afastadas Igreja.
Os historiadores defendem que a igreja teria mudado o Dia de Todos-os-Santos para o primeiro dia de Novembro por forma a acumular as tradições do Samhain (antigo Ano Novo Celta) nas actividades do dia. Os celtas acreditavam que o mundo dos vivos ficava mais próximo do dos mortos nesta época. Muitas dos festejos do estavam associados com este pormenor e muitas daquelas práticas se desenvolveram nas tradições do Halloween de hoje.
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