Não se sabe bem a origem das "alminhas" como hoje se apresentam nestes singelos monumentos. Contudo, talvez seja possível uma analise à evolução da doutorina em que se baseia a sua génese.
A raiz mais longínqua assente na crença de uma vida para além da vida terrena. Há mais de dois mil anos já os romanos levantavam pequenos altares nos caminhos e encruzilhadas em honra e por temor aos seus mortos, que endeusavam ("lares").
Instituída a Igreja Cristã, os seus teólogos vão estruturando os dogmas, que os crentes aceitam na sua fé incontestária. E esboçado já na escritura antiga, o "Purgatório" é reafirmado no II Concílio de leão em 1274 e no Concílio de Florença em 1439. No celebre concílio de Trento de 1563 é redefinido o dogma da existência do purgatório, reafirmando-se o sufrágio dos fiéis pelas Missas a oração e a esmola.
Surgem então as confrarias das Almas, que cada vez mais se vão multiplicando no mundo cristão, originando o aparecimento de minúsculos oratórios contendo quase sempre tábuas pintadas a representar o Purgatório. E, embora possam divergir em pequenos pormenores, normalmente estes painéis apresentam a parte superior a figuração da Santíssima Trindade ou Cristo Crucificado, ou ainda a Virgem e Santo António; a meio S. Miguel com a balança; e ao fundo a representação das almas envoltas pelas chamas purificadoras do Purgatório, sendo frequentes as figuras de papas e bispos, reis e nobres, entre o povo, num simbolismo de igualdade perante Deus.
Estes painéis pintados a óleo mais tarde colocados em nichos ou ermidinhas, têm sido ultimamente substituído por azulejos, o que, tendo a vantagem de melhor resistirem ao tempo, lhes retiram, contudo, a original característica. Mas este nem é o pior mal que lhe podem fazer.
Como já foi referido iria apresentar este més de Novembro por ser o mês das Almas as três alminhas que se encontram nas ruas de Loriga.
Depois de apresentada as Alminhas que ficam localizadas junto ao Cemitério, e na Rua do Porto vou apresentar agora a Alminha que fica localizada junto à Fonte das Almas.
É deveras curioso que o estilo das três alminhas que se localizam na Vila de Loriga serem ambas
colunas trabalhadas em granito.A raiz mais longínqua assente na crença de uma vida para além da vida terrena. Há mais de dois mil anos já os romanos levantavam pequenos altares nos caminhos e encruzilhadas em honra e por temor aos seus mortos, que endeusavam ("lares").
Instituída a Igreja Cristã, os seus teólogos vão estruturando os dogmas, que os crentes aceitam na sua fé incontestária. E esboçado já na escritura antiga, o "Purgatório" é reafirmado no II Concílio de leão em 1274 e no Concílio de Florença em 1439. No celebre concílio de Trento de 1563 é redefinido o dogma da existência do purgatório, reafirmando-se o sufrágio dos fiéis pelas Missas a oração e a esmola.
Surgem então as confrarias das Almas, que cada vez mais se vão multiplicando no mundo cristão, originando o aparecimento de minúsculos oratórios contendo quase sempre tábuas pintadas a representar o Purgatório. E, embora possam divergir em pequenos pormenores, normalmente estes painéis apresentam a parte superior a figuração da Santíssima Trindade ou Cristo Crucificado, ou ainda a Virgem e Santo António; a meio S. Miguel com a balança; e ao fundo a representação das almas envoltas pelas chamas purificadoras do Purgatório, sendo frequentes as figuras de papas e bispos, reis e nobres, entre o povo, num simbolismo de igualdade perante Deus.
Estes painéis pintados a óleo mais tarde colocados em nichos ou ermidinhas, têm sido ultimamente substituído por azulejos, o que, tendo a vantagem de melhor resistirem ao tempo, lhes retiram, contudo, a original característica. Mas este nem é o pior mal que lhe podem fazer.
Como já foi referido iria apresentar este més de Novembro por ser o mês das Almas as três alminhas que se encontram nas ruas de Loriga.
Depois de apresentada as Alminhas que ficam localizadas junto ao Cemitério, e na Rua do Porto vou apresentar agora a Alminha que fica localizada junto à Fonte das Almas.
É deveras curioso que o estilo das três alminhas que se localizam na Vila de Loriga serem ambas
Vozes do passado;
Lembranças do além
Linguagem do granito...
Ecos de saudade.
À beira dos caminhos,
Viram sombras que não voltaram;
Passos que se extinguiram;
Séculos, tempestades e noites,
E eis que a nova vida surge...
Lembranças do além
Linguagem do granito...
Ecos de saudade.
À beira dos caminhos,
Viram sombras que não voltaram;
Passos que se extinguiram;
Séculos, tempestades e noites,
E eis que a nova vida surge...
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