quinta-feira, novembro 19, 2009

Recordar - Emilia Mendes de Brito

Como estamos no mês das Almas recorda-se a Vida de uma Pessoa piedosa de bem fazer em Loriga...


Nasceu na Vila de Loriga a 6 de Dezembro de 1874 e adormeceu no Senhor em 28/01/1966.
Desde a mais tenra idade, consagrou a sua vida inteira ao Senhor.
Desde muito nova era visível a sua piedade, talvez fruto do ambiente piedoso em que vivia, dedicando à igreja da sua terra a sua total fidelidade, onde tratava da limpeza, no ornamento dos altares e dando catequese aos mais novos.
Vida de amor!.. Como ela passava horas sem fim diante do Sacrário!.. Como ela compreendia a virtude da humildade, junto do tabernáculo dum Deus infinitamente humilde!.. Como o publicano do Evangelho, jamais alguém a viu, que não fosse no lugar mais solitário do templo, entregue à oração mais concentrada.
Vivendo unicamente para o Senhor passava todo o tempo na igreja onde era sempre uma presença em continuada oração que o povo chamava Santa. Era tão grande a sensibilidade desta mulher na sua bondade, que chegava a deixar de comer o pão para com ele alimentar os animais ou os passarinhos que não saiam da sua porta.
Mas não era simplesmente a oração que lhe absorvia todo o seu dia. Ela era igualmente a grande mulher de acção. Cobrava as quotas da sua queridíssima Propagação da Fé, inscrevendo novos associados, visitando os pobres protegidos pela Conferência de S. Vicente de Paulo e muitas das vezes se encontrava à cabeceira dos moribundos recitando-lhes o ofício da agonia, apontando-lhes o Céu como termo dos sofrimentos humanos.
Durante toda a sua vida assistiu às missas e recebeu a comunhão diariamente. As pessoas estavam já habituadas a ver aquela figura com as suas vestes a varrer o chão, passando pelas ruas sempre de olhos baixos como que desejando que ninguém a visse e, quando falava, a sua voz suave prendia todos aqueles que a escutavam, mas ela própria se arrepiava ao ouvir de alguém uma palavra maldosa por mais insignificante que fosse.
Com 72 anos de idade adoece e pouco tempo depois, em 28 de Janeiro de 1946 ocorre o seu falecimento. Segundo relatos da época, parecia até haver um sorriso na sua boca, como que feliz, por partir para junto do Senhor a quem dedicou toda a sua vida.

O seu funeral foi um dia de muita tristeza para a população de Loriga, ao verem partir para sempre a sua Santa. A Junta de Freguesia cedeu a sepultura onde descansa eternamente, e o povo da sua terra, como prova de gratidão, mandou colocar a mármore.
Durante anos, e ainda hoje, se comenta a possibilidade do seu corpo se encontrar intacto na sua sepultura, pois segundo o povo "O corpo das Santas mantém-se tal como foi durante a sua passagem pela vida". (in loriga.de)

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