Sabe-se que a Igreja de Loriga foi mandada construir pelo rei D. Sancho II em cima das ruínas de um pequeno templo visigótico do qual foi aproveitada a pedra onde foi gravada a data da construção, o ano de 1233. Assim, essa pedra colocada por cima de uma das portas laterais da igreja actual confirma a sua longa existência, correspondendo à data da decisão da construção. A decisão real nesse sentido deve-se principalmente ao facto de Loriga pertencer à Vigariaria do Padroado Real.A Igreja foi dedicada desde logo a Santa Maria Maior, um templo românico cuja traça tinha semelhança com a da Sé de Coimbra. É a partir do século XVI que se conhece, em mais profundidade, a história da Igreja em Loriga, sabendo-se portanto que sempre esteve situada no local onde hoje se encontra. Há até relatos antigos de que, o subsolo da igreja, sacristia e adro, estão cheios de ossadas, uma vez que na Idade Média, era norma segundo o uso cristão desses tempos, merecerem os defuntos sepultura eclesiástica, que era propriamente na igreja e nos terre.
A Igreja de Loriga, através do que se conhece, já foi por diversas vezes destruída sofrendo, por isso, diversas transformações, tendo em conta os desabamentos ocorridos em virtude de terramotos que assolaram o país. Assim, em 1755, aquando do grande terramoto que abalou o país, onde Lisboa ficou completamente destruída, a igreja de Loriga desabou.
No Dicionário Geográfico, da autoria do Padre Cardoso, mandado elaborar por ordem do Marquês de Pombal, por ocasião do terramoto de 1755, vamos encontrar registos descritos onde o pároco de Loriga, João Roiz Ribeiro, nos diz:
"A Parochia está situada no meio da Villa ….. O Orago desta freguesia he a Senhora Santa Maria Mayor. A Egreja tem sinco altares, hum as Sam Bento, houtro de Santa Luzia, houtro de Nossa Senhora do Rozário e o houtro das Almas. Tem huma só nave e nam tem Irmandade alguma ….Padeceu de ruína a capella mor desta Egreja em sua abóbeda e paredes desta sorte, que nam conservao Santíssimo Sacramento nem imagens algumas na dicta capela, de que já dei duas contas à mesa da consiensia e tenho a certeza de que foram entregues."
Sendo novamente reconstruída, após o terramoto de 1755, já não conservou a mesma feição arquitectónica da anterior, no entanto, os registos dão-nos conta do seguinte:
"…era de estilo romano, com três naves, tecto artesoado com altares correspondentes à traça do templo …. A entrada para a torre e coro era feita pelo cheio da parede virada a nascente, por escadaria (interior) que partia da porta lateral…"
No século seguinte, no mês de Setembro do ano de 1882, novamente se fez sentir no centro do país um tremor de terra e, por conseguinte também muito sentido em Loriga, o qual pareceu, em principio, não ter grande gravidade. Só que as consequências viriam mais tarde, quando todos pareciam já ter esquecido. Em Novembro seguinte, e quando era celebrada a missa, estalou a viga mestra da igreja tendo, de imediato, sido efectuada a desocupação do templo e retirando algumas imagens e outros artigos. Só no fim do dia aconteceu o desabamento quase completo, tendo apenas ficado em pé a torre, apesar de muito danificada.
Em 1884 foram terminados os trabalhos da reconstrução da igreja, que a população local, toda unida, levou a efeito, chegando aos tempos actuais, passando desde então a manter a mesma estrutura com uma ou outra modificação de conservação que foi acontecendo.
No ano de 1929 foi ainda a igreja de Loriga, cenário de tragédia, quando desabou um "palanque" construído em anexo ao coro, resultando a morte de duas pessoas e alguns feridos principalmente crianças.
A Igreja de Loriga tem, além do altar principal, mais quatro altares, todos eles considerados de rara beleza, bem como as imagens que ali figuram. Tem também coro e ainda uma torre onde os seus sinos fazem chegar bem longe os seus sons.
Houve, em tempos, a ideia de construir uma nova igreja noutro local da Vila, no entanto, essa ideia não prevaleceu, mantendo-se a actual que, apesar de pequena, é uma igreja antiga, bonita, verdadeiramente acolhedora e digna de ser visitada. (in Memória Portuguesa)
No Dicionário Geográfico, da autoria do Padre Cardoso, mandado elaborar por ordem do Marquês de Pombal, por ocasião do terramoto de 1755, vamos encontrar registos descritos onde o pároco de Loriga, João Roiz Ribeiro, nos diz:
"A Parochia está situada no meio da Villa ….. O Orago desta freguesia he a Senhora Santa Maria Mayor. A Egreja tem sinco altares, hum as Sam Bento, houtro de Santa Luzia, houtro de Nossa Senhora do Rozário e o houtro das Almas. Tem huma só nave e nam tem Irmandade alguma ….Padeceu de ruína a capella mor desta Egreja em sua abóbeda e paredes desta sorte, que nam conservao Santíssimo Sacramento nem imagens algumas na dicta capela, de que já dei duas contas à mesa da consiensia e tenho a certeza de que foram entregues."
Sendo novamente reconstruída, após o terramoto de 1755, já não conservou a mesma feição arquitectónica da anterior, no entanto, os registos dão-nos conta do seguinte:
"…era de estilo romano, com três naves, tecto artesoado com altares correspondentes à traça do templo …. A entrada para a torre e coro era feita pelo cheio da parede virada a nascente, por escadaria (interior) que partia da porta lateral…"
No século seguinte, no mês de Setembro do ano de 1882, novamente se fez sentir no centro do país um tremor de terra e, por conseguinte também muito sentido em Loriga, o qual pareceu, em principio, não ter grande gravidade. Só que as consequências viriam mais tarde, quando todos pareciam já ter esquecido. Em Novembro seguinte, e quando era celebrada a missa, estalou a viga mestra da igreja tendo, de imediato, sido efectuada a desocupação do templo e retirando algumas imagens e outros artigos. Só no fim do dia aconteceu o desabamento quase completo, tendo apenas ficado em pé a torre, apesar de muito danificada.
Em 1884 foram terminados os trabalhos da reconstrução da igreja, que a população local, toda unida, levou a efeito, chegando aos tempos actuais, passando desde então a manter a mesma estrutura com uma ou outra modificação de conservação que foi acontecendo.
No ano de 1929 foi ainda a igreja de Loriga, cenário de tragédia, quando desabou um "palanque" construído em anexo ao coro, resultando a morte de duas pessoas e alguns feridos principalmente crianças.
A Igreja de Loriga tem, além do altar principal, mais quatro altares, todos eles considerados de rara beleza, bem como as imagens que ali figuram. Tem também coro e ainda uma torre onde os seus sinos fazem chegar bem longe os seus sons.
Houve, em tempos, a ideia de construir uma nova igreja noutro local da Vila, no entanto, essa ideia não prevaleceu, mantendo-se a actual que, apesar de pequena, é uma igreja antiga, bonita, verdadeiramente acolhedora e digna de ser visitada. (in Memória Portuguesa)
Várias Formas de Olhar para o exterior da Igreja Matriz
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