sábado, abril 24, 2010

Esquilo Comum (Sciurus vulgaris)

(Esquilo caminhando nos ramos dos pinheiros em Loriga)


O Esquilo (Sciurus vulgaris) coloniza grande parte do Norte e Centro de Portugal., embora esta colonização seja recente. A sua distribuição corresponde principalmente a florestas caducifólias de Carvalho (Quercus robur e petraea), Faia (Fagus sylvatica) e Castanheiro (Castanea sativa) bem como pinhais de Pinheiro-bravo (Pinus pinaster) e Pinheiro-silvestre (Pinus silvestris), encontrando-se ausente dos montados de sobro (Quercus suber).
Embora este pequeno mamífero não hiberne verifica-se que a sua actividade reduz-se substancialmente nos períodos mais frios podendo passar vários dias no ninho quando as condições climatéricas são rigorosas.
Caminhando na Estrada Nacional 231, junto a um pinhal pertencente a Loriga, pude observar um destes mamíferos, saltando e caminhando pelos pinheiros, alimentando-se das sementes das pinhas e por fim dirigindo-se para a sua"habitação" (ninho), localizada como habitualmente a grande altura do solo (a mais de 8 metros) apresentando uma característica de forma esférica de aproximadamente 30 cm de diâmetro.




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Identificação: Roedor de dimensões médias, com pelagem castanho-avermelhada (no Verão) ou castanho-escura (Inverno). Apresenta orelhas grandes com um tufo de pêlos nas extremidades e olhos bem visíveis. A sua cauda é longa e em forma de penacho. O ventre é mais claro, geralmente branco. As patas posteriores são fortes e possuem garras compridas.

Habitat: Em Portugal, está presente em florestas de coníferas, bosques, parques e jardins.

Sinais de Presença: Os ninhos são esféricos e fáceis de observar, sendo construídos em ramos junto ao tronco principal das árvores, a uma altura de cerca de 6 m. São formados por galhos e têm o interior forrado com erva. Os dejectos apresentam uma cor castanho-escura e têm uma forma arredondada. Os restos de comida incluem pinhas roídas, de forma bastante característica, cascas de avelãs e nozes rachadas pela parte central, cascas de castanhas, entre outros. Os esquilos começam a comer as pinhas pela parte inferior, deixando limpa a parte central e algumas escamas na parte superior. As pegadas das patas posteriores são maiores e apresentam 5 dedos, enquanto que as pegadas das patas anteriores são muito mais pequenas.

Comportamentos: Animal com actividade diurna, podendo ser observado mais facilmente ao amanhecer e ao entardecer. Não tem grande receio das pessoas e passa a maior parte do seu período de actividade no cimo das árvores ou arbustos, em locais bastante visíveis. Trepadores ágeis e bons nadadores, os esquilos não são animais territoriais, podendo vários indivíduos partilhar um mesmo ninho, quando as condições climatéricas são muito adversas. Comunicam através de movimentos rápidos da cauda, estalidos e batendo as patas no solo. Durante a época de acasalamento, vários machos exibem-se perante as fêmeas, fazendo inúmeras acrobacias entre os troncos e ramos das árvores. Enterram as sementes no solo, tendo um importante papel na plantação e dispersão de certas espécies de árvores.

Reprodução: Embora seja quase contínua, apresenta 2 picos de reprodução, na Primavera e no Verão. A fêmea pode ter 1 a 2 ninhadas por ano, cada uma com 3 a 4 indivíduos, que nascem após um período de gestação de 36 a 42 dias. Ao fim de 8-10 semanas são independentes, embora fiquem junto da mãe durante algum tempo. Atingem a maturidade sexual com 6 a 10 meses de idade.

Dieta: A dieta alimentar é constituída essencialmente por sementes, folhas, frutos, líquenes e fungos. Também se alimenta de ovos, pequenas aves e insectos.

Factores de Ameaça: É presa de aves de rapina, como o açor, e de vários carnívoros, como o gato-bravo, a gineta e a marta, registando-se uma elevada taxa de mortalidade no primeiro ano de vida, devido à predacção. Os gatos domésticos podem ser predadores do esquilo e a morte por atropelamento também pode ocorrer. A perda de habitat tem contribuído para uma redução das áreas ocupadas. Também a utilização de pesticidas, para controlo de pragas em pinhais, pode ser uma ameaça para esta espécie.

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http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=995315

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